8.6.19

VOCÊ PODE TUDO, BASTA QUERER.

Olá Pessoal!
Desta vez não demorei tanto para aparecer por aqui, como vocês estão? Eu estou bem graças a Deus, estou numa correria que vocês não imaginam, tendo que conciliar as atividades na agenda. Mas isso é bom, porque é sinal que estou Viva, com Saúde e muita disposição. Antes de começar a conversar com vocês sobre o tema que escolhi para hoje, queria agradecer a vocês que me acompanham, que tiram um tempinho para ler os meus textos, pois sei que eles as vezes ficam um pouco extenso, juro que tento ser sucinta, mas a empolgação em conversar com vocês é mais forte do que eu, quando vejo já está enorme, então por isso o meu MUITO OBRIGADA para todos vocês, meus leitores, seguidores e amigos fiéis.
Agora vamos conversar um pouco sobre o tema que trouxe hoje: Você Pode Tudo, Basta Querer, esse é o tema da minha palestra motivacional(vocês se lembram que eu falei que voltei a palestrar esse ano? Comentei no texto anterior). Essa palestra nada mais é do que um resumo da minha história de vida e superação. Numa dessas palestras que faço por aí, fui convidada para o Centro Educacional Municipal Luiz de Amorim Leão (CEMLAL) no Município de Messias - AL, para os alunos do 8 Ano, com faixa etária de 15 a 17 anos, que passam por muitas dificuldades e privações, e com isso não sentem mais motivação para estudar, não levando os estudos mais a sério. 
E os professores preocupados com essa desmotivação dos alunos, pensaram que minha palestra poderiam ajudar-los, e lá fui eu com a missão de através da minha história de vida, incentiva-los a voltar a estudar. O convite veio por meio do Professor Eliandro, da Coordenadora Aizzi Vanja, ela veio me buscar de carro, me levou para o local da palestra. Confesso que estava bastante nervosa e tensa, pois falar para adolescentes não é fácil, eles se dispersam rápido, para prender a atenção deles é uma tarefa difícil, mas a vontade de ajudar era maior do que isso tudo, coloquei o tenho de melhor o meu sorriso, minha fé e fui.
Quando eles foram chegando, começaram a sentarem, todos me olhando com aquele olhar intrigado, alguns envergonhados, outros com olhar de dúvida do tipo de palestra que seria, mais acima de tudo, eu vi muita curiosidade nos seus olhares, por conta da cadeira de rodas. Comecei a palestra, todos me ouviram perfeitamente. No final da palestra alguns vieram pedindo para tirar foto, pedindo abraço, e uma dentre eles me chamou atenção, pois ela chorava bastante, me abraçou apertado e me agradeceu pela palestra, depois saiu. Depois fiquei sabendo sua história, ela tem depressão, tinha a pratica da automutilação (ela se cortava para ver se a dor da depressão era menor do que a dor dos cortes).
Espero do fundo do meu coração que Deus tenha me usado de alguma forma, para ajudar essa jovem menina, e que a minha história de vida, de superação e perseverança, tenha ajudado essa turma de adolescentes. 
Porque verdadeiramente eu acredito que podemos tudo, basta queremos, pois se a própria Bíblia fala que: "Tudo posso nAquele que me fortalece - Filipenses 4:13". Então podemos sim, porque para muitos uma pessoa na cadeira de rodas não poderia chegar até onde cheguei, pois existe limites demais, mas eu digo com veemência que os limites somos nós que colocamos em nossa mente. Se você tem FÉ, Força de Vontade, VOCÊ PODE TUDO!!
Nunca duvide de você, nunca duvide do seu potencial, vocês podem tudo!!
Até o próximo encontro meus queridos.
Beijos
Paula Ravenala 💋

26.5.19

Vermelho, Cor da Vida!!

Olá Pessoal...
Tudo bem com vocês? Comigo apesar das perdas que tive, estou me erguendo e seguindo em frente. Faz um tempo que não apareço por aqui, mas voltei, e vai ter uma surra de novidades pra vocês, eu voltei a dar palestra, comecei a ter apresentação de dança, alguns projetos sobre acessibilidade de onde trabalho e do meu Estado, isso contarei melhor para vocês nos próximos textos. Hoje eu vim conversar com vocês sobre a cor vermelha, a importância dela na minha vida, e tudo mais.
O vermelho nunca foi minha cor favorita, eu nem gostava de usar, por ter sido evangélica por muitos anos, sempre usei cores neutras, que não chamavam muita atenção, nada de ousado, sempre as mesmas cores, tudo igual. Sempre fui a menina, comportada, delicada, obediente, que seguia corretamente todas as regras, os padrões, sempre aquela que tentava a todo custo agradar em tudo e a todos. Há 3 anos atrás eu entrei em depressão, estava sem vontade de me arrumar, sem vontade de fazer nada, nem ouvir ninguém. Graças a Deus, tenho uma família que não desiste de mim, tenho amigos que puxava assunto mesmo sem eu querer falar, e faço tratamento em uma instituição que é minha segunda família APAE Maceió (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). 
Mesmo sem vontade alguma, eu ia para APAE toda semana, e comecei a fazer terapia com a psicóloga Vanessa, ela também não desistiu de mim, pensou em uma técnica, pra que eu volta-se a ter vontade de me olhar ao menos no espelho, me passando uma tarefa de casa, pegar um batom vermelho, usá-lo na frente do espelho, depois escrever o que sentia ao me olhar no espelho, o que realmente enxergava, e assim eu fiz. Depois Ela passou que era pra mim usar o batom vermelho ao sair de casa, observar se eu atraia olhares e como eu me sentia com isso, e mais uma vez eu fiz. Logo em seguida, falou que eu precisava fazer uma mudança no meu visual, e eu fui além de só cortar o cabelo, resolvi arriscar e pintei o cabelo de vermelho pela primeira vez. 
Depois que me olhei no espelho, comecei a ver o quanto eu estava apagada, morta por fora e principalmente por dentro, e a mudança começou acontecer, não só externamente, comecei a olhar mais pra mim, fazer uma autoanalise, comecei a perceber que eu não fazia as coisas por que eu gostava, mas sim para agradar os outros, que eu não era aquela pessoa, eu vivia de aparência. Decidir dar um basta, sai da Igreja, me afastei de muitas pessoas, comecei a dizer não, comecei a ser eu mesma,  deixa eu explicar uma coisa antes( não era porque  eu fazia parte de Igreja,  que eu não era eu mesma, era por querer ser alguém que todos gostassem, por querer agradar a todos, por querer seguir todos os padrões, e esqueci de agradar a mim mesma.) comecei a  me sentir como Dona da Minha Vida. Eu comecei a melhorar da depressão graças a Deus, graças a minha família, amigos e principalmente a minha psicologa Vanessa.
Comecei a ver que minha vida era muito sem graça, sem cor, sem vida, e o vermelho chegou pra mudar isso, hoje uso vermelho no cabelo, uso vermelho nos lábios, vermelho nas unhas e nas roupas (kkkkkkkkkkk) eu sei é muito vermelho junto, mas eu sou assim 8 ou 80, sou intensa demais, sou de extremos. Por isso, quando hoje em dia muitas pessoas falam: Tu gosta de um vermelho né? É a tua cor favorita? Está com segundas intenções usando unhas dessa cor, e estou respondendo todos vocês agora, não é minha cor favorita, mas é uma das mais significativas para mim, pois é a cor que me trouxe vida novamente, me mostrou que não preciso mais ter uma vida sem graça, sem cor., pois estou VIVA.
Não sei o que vocês estão passando, muitos podem hoje não ter vontade de viver, nem se olhando no espelho, achando sua vida sem graça, sem cor. Primeiro procure ajuda, procure tratamento, depressão é doença, não é falta de fé, nem frescura, É DOENÇA, então procure um profissional. Desejo que você assim como eu encontre a cor que falta na sua vida e VIVA!!

Beijos Pessoal, até breve prometo.

Paula Ravenala

13.1.19

Perdas!!

Oi Pessoal...
Tudo bem com vocês? Comigo estou vivendo um dia de cada vez, pois o tempo não espera não é mesmo? Então seguimos em frente um dia após o outro. Estou tentando aparecer um pouco mais por aqui, (aproveitando minhas férias né), para escrever, pois quando escrevo compartilho um pouco com vocês o que sinto e vivo. Hoje vim falar sobre um tema que não é fácil de escrever, mas eu precisava externalizar o que penso e sinto sobre esse tema: perdas. 
Quando eramos crianças, não gostávamos de perder em algum jogo, mesmo o mais bobo deles, eu não gostava de perder meus lápis de cores, meus adesivos (aqueles que vinham nos cadernos novos), nunca gostei de perder nada, imagina as pessoas que amo... Cresci, mas continuo não gostando de perdas.
Estava eu crescendo aprendendo a lidar com as coisas ruins que iam acontecendo, aí de repente vem a primeira perda, meu Avô Francisco Antônio (Pai da minha mãe), ele estava bonzinho sentiu uma dor, foi para a emergência e não voltou mais. O tempo foi passando, eu aprendendo a lidar com a dor da perda, ai minha Vó Dionísia ( Mãe da minha Mãe), que já vinha acamada por causa de duas fraturas do fêmur, derrame e etc, adquiriu uma pneumonia foi pra emergência e não voltou mais.
Foi ficando as lembranças, e aprendendo a seguir em frente com a dor e ausência, quando tive mais uma perda meu Avô Abdias (Pai do meu Pai), ele tinha Alzheimer, teve um infarto e morreu, como foi em Brasília não tive como ir para o velório, muito menos o enterro, mesmo longe me despedir dele, mais uma vez tive que continuar seguindo com dor aumentando, ausência sendo substituída pelas lembranças.
O tempo sempre me acompanhando e me ajudando a seguir em frente, ajudando a aprender a diminuir a dor, substituir ausência por boas lembranças, seguindo um dia de cada vez, vivendo um dia após o outro. Até quando veio outra perda, a minha Vó Mariana (Mãe do meu Pai), que já estava bem debilitada, morreu em Brasília também, como sempre não pude ir me despedir.
Depois de 1 ano, eu perco minha Prima/Irmã Luana, passamos nossa infância juntas, adolescência, morreu em um hospital em Natal - RN, por ser longe, não pode ir me despedir dela também, mas a distância não me impediu de sentir sua partida, e mais uma vez começou o ciclo de substituir ausência pelas boas lembranças.
Depois de um certo tempo foi minha Tia Albeniz (Irmã do meu Pai) tinha Síndrome Down, teve um infarto, morreu em Brasília, uma Tia que na minha infância não media esforços para me ver bem e feliz, uma  Tia que me ensinou o que é Amor Puro e Sincero. Mas uma pessoa que tive que me despedir de longe e continuar substituindo ausência em Amor.
Em 2018 tive uma das maiores perdas da minha vida, meu Amado Pai, se foi de infarto de repente, como sempre em Brasília, não fui no seu velório, não fui no seu enterro, tive que dá meu Adeus de longe (acho que ainda estou dando aos poucos), seguindo em frente de cabeça erguida como Ele sempre me ensinou.
2019 nem começou direito e já tive mais uma perda bem dolorosa, meu Irmão Marconi (Irmão por parte de Pai) estava lutando contra um câncer em estado de metástase, descansou de todo seu sofrimento, e eu continuo aqui substituindo as ausências pelas lembranças, momentos inesquecíveis e muito amor.
Todos Eles já se foram, eu fiquei, mas como meu Pai sempre me disse siga em frente de cabeça erguida, vivendo um dia de cada vez. Nenhum deles, iriam querer que eu para-se de Viver, de Sorrir e muito menos de Lutar e acreditar no Amor. Sim já perdi muito (esses foram só os familiares, fora os amigos queridos que não citei aqui, mas que deixam saudades também), Mas acredito que o Amor que sinto por cada um deles, não perdi e nunca vou perder, sempre vou continuar substituindo essas ausências infinitas por todos os momentos inesquecíveis que tive com cada um deles, por cada palavra de amor, carinho, amizade e respeito que me disseram, e assim vou continuar minha jornada, minha caminhada. Levando o legado que cada um me ensinou.
Sei que ainda irei perder muitos mais, pois infelizmente essa é a lei da vida, nascer, crescer e morrer, mas sei que Deus vai me consolar e me ajudar a seguir tempo ao tempo.
Se vocês tiveram muitas perdas como eu, digo-lhe de coração, tente substituir sempre que possível. E siga sempre em frente!!
Beijos
Paula Ravenala

5.1.19

Cadeirante Dançante ou Bailarina Cadeirante?

Oi Pessoal.
Tudo Bem com vocês? Comigo as coisas estão melhorando, afinal temos que seguir em frente, apesar da dor e da saudade. A vida não espera as feridas fecharem, ela segue, então temos que seguir também. Não é fácil seguir em frente, mas é necessário, por isso que estou de volta nesse cantinho, todo especial.
Eu sempre quis dançar, mas pensava por estar na cadeira de rodas eu não podia, fui ficando com vergonha, evitando dançar, mas no fundo eu sonhava em poder dançar. Mesmo com todas as dificuldades, eu queria muito dançar. Quando fui para o Sarah, tive aula de dança lá, dança na cadeira de rodas, aquilo acendeu a chama que estava adormecida dentro de mim. 
Voltei pra Maceió, procurei em todos os lugares a dança para cadeirantes, coloquei até no meu Facebook, perguntando se alguém sabia, mas nada e os anos passando e eu queimando por dentro, com essa vontade de dançar livremente mesmo na cadeira. 
Faço fisioterapia na APAE ( Associação de Pais e Amigos Especiais) de Maceió, e lá fiquei sabendo que iria iniciar uma turma de dança, voltada para os pacientes na cadeira de rodas, eu sabia que era a resposta que eu estava procurando. 
Em Agosto começamos a ter as aulas. ver os outros pacientes (muitos deles com deficiência intelectual, sorrirem ao som e ritmo da música, interagindo da maneira deles) minha nossa eu ficava toda arrepiada. Os meses foram passando e fomos ensaiando para apresentação de natal. Quando chegou perto do dia, nossa professora Cleci Nascimento foi assaltada e não pode ir para o nosso ensaio, pensei porque eu não posso ajudar o grupo a ensaiar assim mesmo. E assim fi, juntei a turma, fomos pra sala que usamos pra ensaiar, coloquei a musica, e ensaiamos. 
No dia da apresentação aconteceu tanto imprevistos, quase não nos apresentávamos, mas no final deu tudo certo, foi lindo e emocionante. Provei pra mim mesma e para as outras pessoas que cadeirante pode e deve dançar. 
Agradeço a APAE - Maceió por proporcionar o espaço para ensaiarmos, a professora Cleci pelo seu tempo, por seu esforço e dedicação em nos ensinar e ao meu grupo de dança (não temos nome ainda, mas quem sabe da próxima vez que eu falar aqui, eu divulgo o nome) meu muito obrigada por me ajudar a realizar esse meu sonho.
Agora sou uma cadeirante dançante ou será uma bailarina cadeirante?
Beijos e até a próxima
Paula Ravenala

A minha missão de vida, é lutar por Acessibilidade!!!

  Olá Pessoal!!! Como vocês estão? Espero que bem, eu estou entre meus altos e baixos, dias bem e dias doente. O bom que tudo é passageiro, ...