13.1.19

Perdas!!

Oi Pessoal...
Tudo bem com vocês? Comigo estou vivendo um dia de cada vez, pois o tempo não espera não é mesmo? Então seguimos em frente um dia após o outro. Estou tentando aparecer um pouco mais por aqui, (aproveitando minhas férias né), para escrever, pois quando escrevo compartilho um pouco com vocês o que sinto e vivo. Hoje vim falar sobre um tema que não é fácil de escrever, mas eu precisava externalizar o que penso e sinto sobre esse tema: perdas. 
Quando eramos crianças, não gostávamos de perder em algum jogo, mesmo o mais bobo deles, eu não gostava de perder meus lápis de cores, meus adesivos (aqueles que vinham nos cadernos novos), nunca gostei de perder nada, imagina as pessoas que amo... Cresci, mas continuo não gostando de perdas.
Estava eu crescendo aprendendo a lidar com as coisas ruins que iam acontecendo, aí de repente vem a primeira perda, meu Avô Francisco Antônio (Pai da minha mãe), ele estava bonzinho sentiu uma dor, foi para a emergência e não voltou mais. O tempo foi passando, eu aprendendo a lidar com a dor da perda, ai minha Vó Dionísia ( Mãe da minha Mãe), que já vinha acamada por causa de duas fraturas do fêmur, derrame e etc, adquiriu uma pneumonia foi pra emergência e não voltou mais.
Foi ficando as lembranças, e aprendendo a seguir em frente com a dor e ausência, quando tive mais uma perda meu Avô Abdias (Pai do meu Pai), ele tinha Alzheimer, teve um infarto e morreu, como foi em Brasília não tive como ir para o velório, muito menos o enterro, mesmo longe me despedir dele, mais uma vez tive que continuar seguindo com dor aumentando, ausência sendo substituída pelas lembranças.
O tempo sempre me acompanhando e me ajudando a seguir em frente, ajudando a aprender a diminuir a dor, substituir ausência por boas lembranças, seguindo um dia de cada vez, vivendo um dia após o outro. Até quando veio outra perda, a minha Vó Mariana (Mãe do meu Pai), que já estava bem debilitada, morreu em Brasília também, como sempre não pude ir me despedir.
Depois de 1 ano, eu perco minha Prima/Irmã Luana, passamos nossa infância juntas, adolescência, morreu em um hospital em Natal - RN, por ser longe, não pode ir me despedir dela também, mas a distância não me impediu de sentir sua partida, e mais uma vez começou o ciclo de substituir ausência pelas boas lembranças.
Depois de um certo tempo foi minha Tia Albeniz (Irmã do meu Pai) tinha Síndrome Down, teve um infarto, morreu em Brasília, uma Tia que na minha infância não media esforços para me ver bem e feliz, uma  Tia que me ensinou o que é Amor Puro e Sincero. Mas uma pessoa que tive que me despedir de longe e continuar substituindo ausência em Amor.
Em 2018 tive uma das maiores perdas da minha vida, meu Amado Pai, se foi de infarto de repente, como sempre em Brasília, não fui no seu velório, não fui no seu enterro, tive que dá meu Adeus de longe (acho que ainda estou dando aos poucos), seguindo em frente de cabeça erguida como Ele sempre me ensinou.
2019 nem começou direito e já tive mais uma perda bem dolorosa, meu Irmão Marconi (Irmão por parte de Pai) estava lutando contra um câncer em estado de metástase, descansou de todo seu sofrimento, e eu continuo aqui substituindo as ausências pelas lembranças, momentos inesquecíveis e muito amor.
Todos Eles já se foram, eu fiquei, mas como meu Pai sempre me disse siga em frente de cabeça erguida, vivendo um dia de cada vez. Nenhum deles, iriam querer que eu para-se de Viver, de Sorrir e muito menos de Lutar e acreditar no Amor. Sim já perdi muito (esses foram só os familiares, fora os amigos queridos que não citei aqui, mas que deixam saudades também), Mas acredito que o Amor que sinto por cada um deles, não perdi e nunca vou perder, sempre vou continuar substituindo essas ausências infinitas por todos os momentos inesquecíveis que tive com cada um deles, por cada palavra de amor, carinho, amizade e respeito que me disseram, e assim vou continuar minha jornada, minha caminhada. Levando o legado que cada um me ensinou.
Sei que ainda irei perder muitos mais, pois infelizmente essa é a lei da vida, nascer, crescer e morrer, mas sei que Deus vai me consolar e me ajudar a seguir tempo ao tempo.
Se vocês tiveram muitas perdas como eu, digo-lhe de coração, tente substituir sempre que possível. E siga sempre em frente!!
Beijos
Paula Ravenala

5.1.19

Cadeirante Dançante ou Bailarina Cadeirante?

Oi Pessoal.
Tudo Bem com vocês? Comigo as coisas estão melhorando, afinal temos que seguir em frente, apesar da dor e da saudade. A vida não espera as feridas fecharem, ela segue, então temos que seguir também. Não é fácil seguir em frente, mas é necessário, por isso que estou de volta nesse cantinho, todo especial.
Eu sempre quis dançar, mas pensava por estar na cadeira de rodas eu não podia, fui ficando com vergonha, evitando dançar, mas no fundo eu sonhava em poder dançar. Mesmo com todas as dificuldades, eu queria muito dançar. Quando fui para o Sarah, tive aula de dança lá, dança na cadeira de rodas, aquilo acendeu a chama que estava adormecida dentro de mim. 
Voltei pra Maceió, procurei em todos os lugares a dança para cadeirantes, coloquei até no meu Facebook, perguntando se alguém sabia, mas nada e os anos passando e eu queimando por dentro, com essa vontade de dançar livremente mesmo na cadeira. 
Faço fisioterapia na APAE ( Associação de Pais e Amigos Especiais) de Maceió, e lá fiquei sabendo que iria iniciar uma turma de dança, voltada para os pacientes na cadeira de rodas, eu sabia que era a resposta que eu estava procurando. 
Em Agosto começamos a ter as aulas. ver os outros pacientes (muitos deles com deficiência intelectual, sorrirem ao som e ritmo da música, interagindo da maneira deles) minha nossa eu ficava toda arrepiada. Os meses foram passando e fomos ensaiando para apresentação de natal. Quando chegou perto do dia, nossa professora Cleci Nascimento foi assaltada e não pode ir para o nosso ensaio, pensei porque eu não posso ajudar o grupo a ensaiar assim mesmo. E assim fi, juntei a turma, fomos pra sala que usamos pra ensaiar, coloquei a musica, e ensaiamos. 
No dia da apresentação aconteceu tanto imprevistos, quase não nos apresentávamos, mas no final deu tudo certo, foi lindo e emocionante. Provei pra mim mesma e para as outras pessoas que cadeirante pode e deve dançar. 
Agradeço a APAE - Maceió por proporcionar o espaço para ensaiarmos, a professora Cleci pelo seu tempo, por seu esforço e dedicação em nos ensinar e ao meu grupo de dança (não temos nome ainda, mas quem sabe da próxima vez que eu falar aqui, eu divulgo o nome) meu muito obrigada por me ajudar a realizar esse meu sonho.
Agora sou uma cadeirante dançante ou será uma bailarina cadeirante?
Beijos e até a próxima
Paula Ravenala

A minha missão de vida, é lutar por Acessibilidade!!!

  Olá Pessoal!!! Como vocês estão? Espero que bem, eu estou entre meus altos e baixos, dias bem e dias doente. O bom que tudo é passageiro, ...